sábado, 12 de setembro de 2009

Que fim levou a bela Katie?


Uma das boas coisas que me recordo dos anos 1970, e quem passou da infância para a adolescência naquele período com certeza irá concordar, é da beleza das mulheres que povoavam as séries de tv. Não que atualmente elas deixem a desejar. Mas naqueles anos pré-silicone, quando Pamela Anderson ainda não sacudia seus atributos no famoso maiô vermelho de S.O.S. Malibu (Baywatch) e a visão de corpos nus ainda era algo não tão disponível, aquelas mulheres faziam a cabeça. E que mulheres: Lynda Carter, a recém-falecida Farrah Fawcett e suas colegas Panteras, Joanna Cameron (lembram dela? A Poderosa Ísis???), e por aí vai. Dentre elas uma me cativou especialmente e, apesar de sua curtíssima carreira, ficou em primeiro lugar na minha libido adolescente: Katie Saylor. Não vou estranhar se você, caro leitor, não sabe de quem se trata. Mas aqueles de boa memória vão recordar da loura baixinha, num vestidinho curto preto e corpo escultural que aparecia sempre carregando um gato na série de ficção científica Viagem Fantástica (Fantastic Journey). Com apenas 10 episódios, essa produção da tv norte-americana de 1977 pode ser considerada precursora de programas como Sliders e o cultuado Lost. Tratava de uma expedição científica que, envolvida em estranha névoa verde quando navegava na área conhecida como Triângulo das Bermudas, acaba numa misteriosa ilha, local onde várias zonas temporais existem simultaneamente. O grupo era composto pelo viajante do século XXIII Varian (Jared Martin), o cientista Fred (Carl Franklin), o menino Scott (Ike Eisenmann), o vilanesco Willoway (o emblemático Roddy McDowall) e Katie Saylor como a psíquica atlante Liana. Todos buscando o portal que os levaria de volta para casa.
Antes de Viagem Fantástica, entretanto, Katie já mostrava seus atributos com mais ousadia, tendo no currículo – fora o telefilme Men of the Dragon (1974), piloto de uma série de tv que aproveitava a onda do kung fu e não vingou – algumas produções exploitation: Invasion of the Bee Girls (1973), Dirty O’Neil (1974), The Swinging Barmaids (1975) e Supervan (1977). Aliás, foi assitindo o incrível The Swinging Barmaids (assunto de uma postagem futura) e topando com a musa bem menos vestida do que lembrava, que tive a inspiração para esse post.
O grande mistério, e que suscitou a pergunta-título, é que Katie sumiu do mapa sem deixar rastros ainda com Viagem Fantástica em andamento. Seu personagem já não aparece nos dois últimos episódios e não há disponíveis mais dados biográficos ou informações sobre trabalhos posteriores. Mesmo seus companheiros de trabalho, Jared Martin e Ike Eisenmann, ao que parece, são evasivos sobre o assunto, reforçando a mística que passou a envolver a atriz qe sumiu do mapa sem deixar traços. Reza a lenda que Katie Saylor ficou seriamente doente durante a produção de Viagem Fantástica e que morreu pouco tempo depois. Mesmo assim, não existe nada concreto que explique seu desaparecimento ou material que comprove a trágica notícia. Fica assim eternizada sua imagem, congelada no tempo e na nossa memória até que alguém (ou ela própria, quem sabe?) lance uma luz definitiva sobre o assunto.